O Papa lembrou que foi justamente em
Aparecida, seis anos atrás, ele pode se dar conta, pessoalmente, de algo
que considerou belíssimo: os bispos trabalharam na V Conferência do
episcopado latino-americano e caribenho (CELAM) eram acompanhados pelos
peregrinos que vinham ao Santuário confiar suas vidas à Nossa Senhora
Aparecida. Por isso, o Documento que foi publicado depois daquele
encontro “nasceu do trabalho dos pastores e da fé dos romeiros sob a
proteção de Maria”.
E fez uma breve mediatação chamando a
atenção para posturas: “conservar a esperança, deixar-se surpreender por
Deus e viver a alegria”. Em primeiro lugar, disse o Papa, “nunca
percamos a esperança!”. Recordou que o mal esta presente na vida de
todos, mas o mal não é o mais forte. “Deus é a nossa esperança”, afirmou
o Papa. “É verdade que tantas pessoas, e também os jovens, estão diante
de tantos ídolos”, continuou. Esses ídolos seriam o dinheiro, poder e o
prazer. Lembrou também que muitas pessoas, frequentemente, vivem a
solidão e tem uma sensação de vazio, mas é preciso que ninguém desanime:
“sejamos luzeiros da esperança”, conclamou o Papa. Pediu que todos
tenham uma visão positiva da realidade e recordou que os jovens são um
motor potente para a sociedade e para a Igreja: “eles são a coração
espiritual de um povo”, acentuou.
A segunda atitude, prosseguiu o Papa, é
aquela de cada pessoa se deixar surpreender por Deus. “Quem é homem e
mulher de esperança, sabe que, mesmo em meio a dificuldades, Deus está
atento e nos surpreende”. Papa Francisco lembrou que a própria história
da imagem de Aparecida é uma bela ilustração das surpresas de Deus.
Ninguém poderia imaginar que de uma pesca no Rio Paraíba, viria a
mensagem de que o Brasil inteiro tem uma mãe. “Longe de Deus, o vinho da
alegria e da esperança, se esgota”. Perto dele, tudo isso se torna
possível, complementou o Papa.
A terceira e última atitude escolhida
pelo Papa é “viver na alegria”. Lembrou que todos devem caminhar na
esperança, deixando se surpreender por Deus e ser alegres. “O cristão é
alegre, nunca está triste. Deus nos acompanha. Temos uma mãe que sempre
intercede pela vida de seus filhos”, afirmou. E concluiu dizendo que
Jesus mostra a face de um Pai que ama. E, por isso, o cristão não pode
ter o rosto de quem está em constante estado de luto. Pediu que todos se
deixassem contagiar pela alegria de Cristo e recordou que o que Bento
XVI disse no Santuário de Aparecida, em 2007, quando afirmou que “o
discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não ha esperança, não há
futuro”. E concluiu: “viemos bater na casa de Maria. Ela nos abriu, fez
nos entrar e nos aponta seu filho e, agora, ela nos diz: ‘Fazei o que
ele disser’. O Papa responde a esse apelo dizendo que todos devem fazer o
que Cristo disser na esperança, cheios das surpresas de Deus e na
alegria.
Fonte: Site da CNBB
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