segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CATECÚMENOS PARTICIPAM DE RITO DA ENTREGA DO CREDO




Os catecúmenos da Paróquia continuam sua preparação para receber os sacramentos da Iniciação Cristã. Neste sábado e domingo, eles participaram do Rito de Entrega do Símbolo Apostólico, o Credo.











1º DOMINGO DO ADVENTO




"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas.
Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas.
Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória.
Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
Esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem".

(1° Domingo do Advento - Evangelho de Lucas).

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ADVENTO: TEMPO DE ESPERA



CNBB - Rede Celebra - Revista de Liturgia - Ficha 14 - Pe. Marcelo Rezende Guimarães



As primeiras comunidades, como testemunha o Apocalipse, tinham uma oração muito curta que expressa bem o desejo do seu coração: Maranatha! Vem, Senhor Jesus! (Ap 22,20). Infelizmente, depois, foi se perdendo e esvaziando este desejo de espera.

Seríamos muito pobres se reduzíssemos o Advento, simplesmente, a um tempo de preparação para a festa do Natal. O Advento é baseado na espera da vinda do Reino e a nossa atitude básica é acender e renovar em nós este desejo e este ânimo.


Num tempo marcado pelo consumo, é preciso que afirmemos profeticamente a esperança. No âmbito pessoal, intensificando o desejo do coração e retomando o sentido da vida. Mas as esperanças são também coletivas: é o sonho do povo por justiça e paz - "as espadas transformadas em arado e as lanças em podadeiras" (Is 2,4). E são também cósmicas: "a criação geme e sofre em dores de parto até agora e nós também gememos em nosso íntimo esperando a libertação" (Rm 8,18-23).


Cantar como resposta das preces "Vem, Senhor Jesus" pode ajudar a animar a esperança de nossas comunidades. Igualmente, depois da acolhida de quem preside, a comunidade poderia lembrar fatos e acontecimentos (não ainda preces ou intenções) que são para ela sinais de esperança e da vinda de Deus entre nós. Podem ser trazidos símbolos que evoquem tal luta ou acontecimento. Algum refrão, como "eu quero ver, eu quero ver acontecer", certamente contribuiria para renovar a esperança.


"O melhor da festa é esperar por ela", diz um ditado popular. A espera e a preparação de um acontecimento é, do ponto de vista humano, tão importante quanto este evento.


Daí a necessidade de fazermos uma avaliação do que significa e de como vivenciamos o tempo do Advento em nossas comunidades. Seria oportuno se as equipes de liturgia, ao prepararem as celebrações deste tempo, pudessem se colocar a seguinte questão: que importância damos ao tempo do Advento?


Vale aqui também lembrar o que escreve o liturgista Frei José Ariovaldo da Silva, na revista "Mundo e Missão", dezembro de 2004: "Atualmente, muitas comunidades eclesiais, influenciadas pela onda consumista por ocasião das festas natalinas e de final de ano, estão assumindo o custume de enfeitar suas igrejas já bem antes de o Natal chegar. Em pleno tempo de Advento, que é um 'tempo de piedosa e alegre expectativa', já ornamentam suas igrejas com flores, pisca-piscas, árvores de Natal e outros motivos natalinos, como se já fosse Natal. Posso dar uma uma sugestão? Não sejam tão apressadas. Não entrem na onda dos símbolos consumistas da nossa sociedade. Evitem enfeitar a igreja com motivos natalinos durante o Advento. Deixem o Advento ser Advento e o Natal ser Natal. Enfeites natalinos dentro da igreja, só quando Natal chegar. Então, a festa com certeza será melhor. Sobretudo se houver na comunidade uma boa preparação espiritual".


É preciso tomar o cuidado de não abortar o Advento ou de celebrá-lo superficialmente. Este cuidado nos levará a não antecipar o Natal, seja fazendo celebrações natalinas antes do previsto, seja usando ritos próprios da festa. Se cantamos "Noite Feliz" no dia 15 de dezembro, o que iremos cantar na noite do dia 24 para 25? Mas, também não podemos celebrar o advento como se Cristo ainda não tivesse nascido. A longa noite da espera terminou. O mundo já foi redimido, embora a história da salvação continue...

ADVENTO: TEMPO DE VIGILÂNCIA




CNBB - Rede Celebra - Revista de Liturgia - Ficha 13 - Pe. Marcelo Rezende Guimarães



Escreve a nossa liturgista Ione Buyst, em seu livro Preparando Advento e Natal (Paulinas, São Paulo), p. 13: "Costumamos dizer que o Ano Litúrgico começa no 1o domingo do Advento, assim como o ano civil começa em 1o de janeiro. Mas, na verdade, o Ano Litúegico não tem começo nem fim. Todo ano comemoram-se duas grandes festas: Páscoa e Natal. A Páscoa é mais importante que o Natal. É a maior festa cristã, porque celebra a ressurreição de Jesus. Ambas as festas são precedidas por um tempo de prepração".


"Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais..." (Alceu Valença, Anunciação). Esta música popular, cantada por muitos jovens, pode nos ajudar a entrar no espírito do tempo do Advento, seguir as pistas dos sinais do Reino e acolher a presença de um Deus que vem ao nosso encontro.


As antigas comunidades cristãs, quando começaram a celebrar o Natal, o fizeram, ao mesmo tempo, como o desdobramento da alegria pascal e como celebração do início do mistério da salvação. E assim como a festa da páscoa era preparada por um tempo de jejum e escuta da Palavra, colocaram também um tempo de preparação antes da festa do Natal.


A palavra Advento, como tantos outros termos importantes do cristianismo, foi tirada do vocabulário pagão, e significa chegada ou vinda. Ao longo do tempo, foi assumindo o sentido tanto do nascimento do Senhor (o Senhor veio!), quanto da preparação para este evento (o Senhor vem!) e também da espera da segunda vinda de Cristo (o Senhor virá!).


A liturgia ocidental, nas duas primeiras semanas do advento, acentua a espera da segunda vinda de Cristo no final dos tempos, enquanto nas outras duas semanas coloca a ênfase na preparação para a solenidade do Natal.


Os cristãos primitivos tinham o costume de esperar a celebração de cada domingo com uma vigília de oração. Com isto desejavam expressar uma verdade profunda de seu modo de viver o cristianismo. Como afirmou Santo Agostinho em uma destas vigílias: "Para nós, cristãos, viver não é outra coisa que vigiar. E vigiar é abrir-se à vida".


No Evangelho, encontramos muitas palavras de Jesus nos exortando à vigilância. Um dos textos que inspirou muito a liturgia do advento é a parábola das virgens sábias, contada em Mt 25,1-13, com sua imagem das lâmpadas acesas e seu mandamento de vigiar.

Isto poderia ser vivenciado, por exemplo, retomando a antiga tradição das vigílias (o Ofício Divino das Comunidades tem um roteiro muito bom). Mas também poderia ser feito através da solenização do acendimento da coroa do advento, como expressão da vontade comunitária de vigiar. É claro que tudo isto terá um sentido profundo se dedicarmos um tempo maior para a oração pessoal e escuta da Palavra de Deus.



Concluindo, citemos de novo Ione Buyst: "A celebração do Ano Litúrgico é uma forma de a gente lembrar, ao longo da caminhada, a presença dinâmica de Deus em meio a seu povo. E, lembrando, unimo-nos e nos comprometemos com ele. Celebrando a Páscoa de Jesus, fazemos hoje, nele, a nossa Páscoa. Celebrando o Natal de Jesus, fazemos hoje, nele, o nosso Natal. Celebrando o Advento... de Jesus, ele se manifesta a nós e nos faz caminhar mais depressa em direção ao Reino. Foi por isso que o papa Paulo VI disse que a celebração do Ano Litúrgico não é só recordação de um fato passado, mas 'goza de de força sacramental e especial eficácia para alimentar a vida cristã'" (ibid., p. 14).

VEM, SENHOR JESUS!



Advento significa “chegada” e é o tempo que abre o Ano Litúrgico. Composto por quatro domingos que antecedem o Natal, o período é de espera, vigilância e preparação para a vinda do Senhor. 


Nos dois primeiros domingos, refletimos sobre o aspecto escatológico e a volta gloriosa de Cristo. Os dois últimos estão diretamente relacionados à preparação para o Natal, o nascimento de Jesus. A cor é roxa e não se canta o Glória.


Um símbolo marca as celebrações deste tempo: a coroa do Advento. Tem formato circular e é ornamentada com folhagens verdes. Sua forma simboliza a eternidade e sua cor representa a esperança e a vida. As quatro velas da coroa simbolizam, cada uma delas, uma das quatro semanas do Advento. 

No início, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Recorda-nos a experiência de escuridão do pecado. À medida que se vai aproximando o Natal, vamos, ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas, representando, assim, a chegada, em meio de nós, do Senhor Jesus, luz do mundo, quem dissipa toda escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.