terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ZILDA ARNS SERÁ HOMENAGEADA EM TODO O PAÍS




A fundadora da Pastoral da Criança, médica sanitarista Zilda Arns, falecida em 12 de janeiro do ano passado no terremoto que atingiu o Haiti, será homenageada amanhã com celebrações eucarísticas em várias paróquias no Brasil. A coordenação nacional da pastoral e familiares da médica devem participar das homenagens que serão feitas em Forquilhinha, no sul de Santa Catarina, onde ela nasceu.

A administração municipal e a diocese de Criciúma prepararam quatro memoriais, um deles em frente à Casa Mãe Helena, sede da Pastoral da Criança em Forquilhinha, e os outros três em cada uma das entradas da cidade. Feitos em aço, os memoriais trazem gravadas frases proferidas por Zilda e que ainda servem como motivação para as voluntárias da Pastoral da Criança. Após a inauguração, está prevista uma missa na Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus.

Entre as várias missas que serão rezadas no País, uma delas será na Catedral da Sé, em São Paulo, às 12 horas. Em nota, o arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, destacou que também serão lembrados os outros mortos no terremoto. "Desde então, muita solidariedade em favor do povo do Haiti foi mobilizada. Mesmo assim, o seu sofrimento ainda continua grande". Segundo ele, desde o início de novembro, cinco missionários da Comunidade Missão Belém estão trabalhando em um bairro pobre de Porto Príncipe. A coleta da missa será destinada a essa missão.

Irmã do cardeal emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, a doutora Zilda, como era chamada, fundou a Pastoral da Criança em 1983, em Florestópolis, no norte do Paraná, com o objetivo de monitorar a saúde de gestantes e crianças, principalmente no combate à desnutrição. O movimento cresceu, contando hoje com quase 230 mil agentes, que trabalham de forma voluntária. Eles atendem cerca de 1,5 milhão de crianças com menos de seis anos de idade em 3.969 municípios, além de acompanharem 81 mil gestantes.

Atualmente, a Pastoral da Criança está presente em 20 países. Quando morreu atingida pela laje de um prédio em Porto Príncipe, onde realizava uma reunião, Zilda estava implantando o trabalho no Haiti. Hoje, há 28 voluntários atendendo cerca de 150 crianças e gestantes no país. Em 2004, ela criou também a Pastoral da Pessoa Idosa. A saúde de cerca de 130 mil idosos é acompanhada mensalmente pelas voluntárias em todo o Brasil. O corpo da sanitarista está sepultado no Cemitério Municipal do Água Verde, em Curitiba.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

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